segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Prefeitura de Santo André e Estado negociam revitalização da Baronesa


André Vieira
Do Diário do Grande ABC
O prazo ainda não foi fixado, mas o governo do Estado e a Prefeitura de Santo André negociam uma saída para transformar o terreno da Chácara Baronesa em parque ecológico e viabilizar a regularização fundiária das famílias que ocupam ilegalmente a área verde.
Segundo a Prefeitura, o protocolo de intenções para promover as intervenções na chácara foi assinado, restando somente a ratificação do convênio que autorizará a gestão compartilhada do espaço. O documento está em análise pelo departamento jurídico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Presidente da ONG Movimento em Defesa da Chácara Baronesa, Vera Lúcia Rotondo luta há mais de duas décadas pela proteção do local e acredita que o processo de mudança está caminhando, mas a passos lentos.
"Nossa intenção é de que seja construído um parque ecológico, cultural e de lazer, permitindo a preservação da área e possibilitando que as pessoas convivam com a natureza", afirmou.
Outro problema a ser resolvido é o da regularização das moradias dos sem-teto que se instalaram no espaço. O último levantamento da Prefeitura apontou que cerca de 300 famílias ergueram barracos no local, mas o número pode ser maior.
Para que a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) inicie a construção das unidades é preciso ainda desmembrar parte da área, pois o local foi tombado em 1990 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e não pode sofrer alterações.
Apesar de não estar em constante preservação, a área da Chácara Baronesa ainda conserva vegetação de mata nativa. O espaço está localizado próximo da divisa com São Bernardo e tem 360 mil metros quadrados.
A ausência de segurança provocada pelo estado de abandono preocupa moradores e ambientalistas.
Morando na chácara há 35 anos, o vigilante desempregado Luiz Carlos Garcia, 43 anos, aproveita sua experiência profissional para fazer, por conta, a vigilância do local, acionando a polícia e desarmando armadilhas de caçadores de aves.
"A GCM (Guarda Civil Municipal)vem aqui de vez em quando, mas ficam na parte da frente. O problema é no mato, onde pessoas praticam roubos e usam drogas livremente porque a entrada é aberta."

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